Por: Jorge Lami Leal
O ponto de encontro e respectivo pequeno-almoço estava marcado a partir das 10 horas. O passeio depois disso. Vieram pessoas um pouco de todo o Algarve, assim como de várias terras d’Estremadura. Juntámos muitas motos, com a desculpa de um pequeno passeio, um almoço de gastronomia algarvia e um jantar especial – de Natal.
O estacionamento “recheado”
Uma ponte para mais um passeio
Um grupo partiu da praia de Faro em direcção ao Patacão e dali, por Santa Bárbara de Nexe, para o Palácio de Estoi, contornando por dentro desta bela aldeia, saindo direitos ao Cerro do Guelhim (um dos “faróis” naturais e pontos de orientação à navegação desta área) e dali até ao cume do Cerro de S. Miguel, pela encosta norte. Outro grupo partiu para uma verdadeira expedição de quilómetros… mas esta é outra história.
Nesta parte do percurso rolamos calmamente, sempre por estradas estreitas, ladeadas por vegetação silvestre. Chegados a um dos pontos mais altos do Algarve – o Cerro de S. Miguel – fizemos a habitual pausa para foto de grupo e para esticar as pernas. Esta elevação (também conhecida por Monte Figo) foi em tempos um farol e uma referência para navegantes e pescadores. O caminho que nos levou até ao topo foi provavelmente feito para transportar a lenha, necessária para alimentar o facho nocturno, permitido naqueles séculos orientar todos aqueles que passavam ao largo desta parte da costa algarvia, também de noite. Existem referências fenícias, gregas (Monte Zéfiro), romanas, árabes, dos primeiros tempos da reconquista cristã até aos Descobrimentos, enfim, os povos que por aqui passaram viram as suas características facilitadoras da orientação náutica, que actualmente a tecnologia tornou obsoleta. É hoje um importante centro retransmissor de telecomunicações e não só. Consta que a primeira parte de Portugal que o Infante D. Henrique viu, aquando do seu regresso da Campanha de Ceuta, foi este monte, atribuindo-lhe o nome pelo qual ainda hoje é conhecido.
O Cerro de S. Miguel
O “grupo da manhã”
(ao fundo) a Ria Formosa e o Oceano Atlântico
Descemos pouco tempo depois até Moncarapacho, seguindo pelo barrocal até Estiramantens. Depois, por entre muros de pedra, casas típicas, hortas agrícolas, pomares e localidades quase esquecidas, descemos até ao litoral, cruzando (quase imperceptivelmente para aqueles que não conhecem estes caminhos) a EN125, continuando por estreitos caminhos até ao lugar do Pinheiro, que é banhado pelas águas calmas da Ria Formosa e onde tínhamos marcado o almoço.
Pelo barrocal
Uma casa típica desta zona do Barrocal Algarvio
Por entre muros de pedra...
A imponente torre de uma casa agrícola algarvia
Uma velha e decrépita nora
A Marisqueira Fialho é um espaço de gastronomia algarvia como poucos. De aspecto rude e espartano, uma casa algarvia modificada, ampliada e adaptada em restaurante, é na mão dos cozinheiros e na simpatia dos empregados de mesa que reside a excelência deste espaço. Come-se peixe fresco a uma série de outros petiscos. A nossa opção recaiu pelo arroz de lingueirão, molusco desta costa, que é aqui servido em tachos de barro. Como entradas optamos pelas conquilha ao alho. Fomos muito bem servidos, como sempre, a preços pouco acima dos 15€ – o que para a qualidade e quantidade do que comemos, considerando a região que é, foi uma autêntica pechincha!
A Ria Formosa – Pinheiro, Tavira
O Arroz de Lingueirão em tacho de barro
A Marisqueira Fialho – Pinheiro, Tavira
Um descanso inusitado
Uma das motos do dia: BMW R1200 HP2 Megamoto
Uma das motos do dia: BMW K1300 S
Uma das motos do dia: BMW R1200 RT
Uma das motos do dia: BMW R1200 GS
Uma das motos do dia: BMW R1200 GSA
Um ângulo do ângulo
Uma das motos do dia: BMW R1200 GS
Uma das motos do dia: BMW R1200 GSA
Uma das motos do dia: BMW R1200 RT
A conversa decorreu solta até por volta das 16 horas. O jantar de Natal estava marcado para as 17 horas, pelo que lá conseguimos afastar a barriga da mesa, para cima das motos e nelas seguir, novamente pelo interior algarvio, primeiro em direcção a Tavira, depois para Santa Catarina da Fonte do Bispo, São Brás de Alportel, Loulé e, em Boliqueime, saímos das estradas mais esquecidas e entramos na EN125, até ao “Lá em Casa”, em Albufeira.
Um apoio de pesca - Ria Formosa
Torre de vigia (defesa marítima) - Torre d'Aires, Tavira
Igreja NS Conceição (séc. XVI) - Conceição de Tavira, Tavira
Platibanda típica - Conceição de Tavira, Tavira
Pôr-do-sol
Uma das motos do dia: BMW R1200 GSA
BMW R1150 GS
BMW R1200 GSA
BMW R1200 GSA
BMW R1200 GSA 30Y
Fomos dos primeiros a chegar e lá recebemos mais amigos e motos (também alguns carros) para o já tradicional Jantar de Natal do Sul, deste grupo de amantes das duas rodas, em especial da marca da “hélice”. Chegámos de vários pontos do país, mas todos com vontade de passar uma noite entre amigos. Foi o que aconteceu. Melhor do que descrever como foi este jantar são as fotos que ficam para a posteridade… para o ano há mais… e entretanto também!!
Logótipo BMW (escultura em abóbora) - Restaurante "Lá em Casa Grill", Albufeira
Mesa de entradas à "Chefe" - Restaurante "Lá em Casa Grill", Albufeira
Mesa de entradas à "Chefe" - Restaurante "Lá em Casa Grill", Albufeira
Caipirinha "à casa" - Restaurante "Lá em Casa Grill", Albufeira
Pormenor de escultura em abóbora
- Restaurante "Lá em Casa Grill", Albufeira
Uma das motos do dia: BMW R1200 GSA
Uma das motos do dia: Ducati Multistrada 1200
Restaurante "Lá em Casa Grill" – Albufeira
Uma das motos do dia: BMW R1200 GS
Uma das motos do dia: BMW R1200 GSA
Jantar de Natal
Estivemos muitos. Cerca de 18 motos, alguns carros... a pé não consta que alguém tenha vindo.
Boas Festas e até 2011!!
1 comentário:
Domingo em cheio!!!
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