2010/03/13

Até Peroguarda

Por: Jorge Lami Leal

Acordei relativamente cedo para um sábado, peguei no telemóvel, vi os e-mails, não haviam “coordenadas” para um passeio que tinha ficado no ar e… voltei-me para o outro lado e dormi. Umas horas depois, já tarde, eu e a minha pendura tomamos a decisão de ir até Beja, comer umas empadas. Com duas idas a Beja nas últimas semanas, por um motivo ou por outro, as empadas do “Luiz da Rocha” tinham ficado fora do circuito, uma delas porque ainda não eram 10h (são as horas que chegam… quentinhas!)








Já passavam das 11 horas quando saímos de Faro. Fomos directos a São Brás de Alportel, pela mítica Nacional 2, um pequeno desvio até ao Monte das Viúvas. Entramos dentro do monte, percorremos as ruelas labirínticas, por entre muros de xisto, e continuamos para Almodôvar.














Fomos até à ponte romana, mesmo à entrada da localidade. Esta pequena ponte foi uma importante infra-estrutura que os romanos colocaram ao serviço do seu esforço de conquista, assim como das populações, sobretudo local, mas também dos viajantes e comerciantes que por ali passavam, que dela se serviram durante séculos, transpondo a ribeira de uma forma mais cómoda e segura. Por vezes não damos a devida importância a estes monumentos vivos, estes pedaços da nossa história, estes marcos do passado, que no presente devem servir para bem mais do que para ver. Reflectir sobre os seus usos, sobre os milhares e milhares de pessoas, dezenas e dezenas de gerações, de vidas, que dela se serviram, sem pensar muito nisso. Estava ali. Continua hoje ali, com uma nova ponte ao lado. Deixou de ter a utilidade que inspirou a sua construção, mas mantêm-se como um símbolo de futuro, ainda que venha do passado!












A caminho de Beja, não pude deixar de pensar que a E802 já merecia um piso melhor. Afinal, é uma das principais estradas de ligação à capital do baixo Alentejo! Chegamos a horas de almoço, mas não fomos almoçar. As empadas serviram perfeitamente para isso, assim como um delicioso folhado de carne, desta vez no “Luiz da Rocha II”. Não tomamos café. Para não variar, avançamos até à Casa de Chá Maltesinhas e tratamos disso por lá.



Mais uns quilómetros e fomos ao encontro da nossa amiga Sónia, à sua terra: Peroguarda. Fizemos uma longa visita pedestre, conhecemos todos os recantos desta terra encantadora. Voltaremos lá numa outra oportunidade!
















Seguimos até Ferreira do Alentejo e depois, por Ervidel, até Ourique. Como já tínhamos feito curvas suficientes, daquelas mais técnicas, descemos até ao Algarve pelo IC1, depois até casa pela Via Infante.












Foi um dia agradável, dos primeiros do ano sem chuva, sem nuvens, parte do caminho até sem carros! Quase 400 km de  moto, com a temperatura sempre na casa dos 16º C, um pouco frio, apesar de tudo, mas ainda assim, demos finalmente as boas-vindas ao sol… veremos se está para ficar… mas não me parece…


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2 comentários:

Rui V. Gago disse...

Ao mais alto nível...
"Quilhómetros" de prazer... ;-)

Jorge Lami Leal disse...

Foram quase tantos, quantos os que fizemos na Madeira no Verão passado!! ;-)